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Mística # 02

Por Rafael 'Lupo' Monteiro

Uma Visita à Latvéria

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Latvéria. Até recentemente, este pequeno país do leste europeu era governado com mão de ferro pelo ditador Victor Von Doom. Todavia, agora ele está ocupado por tropas norte-americanas, que tomaram o país com a ajuda do Capitão América. (*)

As fronteiras estão bem guardadas, o país vive um verdadeiro estado de sítio, onde ninguém entra ou sai sem estar sob a vigilância norte-americana. Mas isto está prestes a mudar, especificamente na fronteira da Latvéria com a Symkária.

O soldado Smith, de 18 anos, manda parar a moto preta Kawasaki Ninja ZX-14. O motorista está vestido todo de branco, inclusive o capacete, o que faz contraste com o dia cinzento.

— Bom dia! Posso ver seu passaporte, por favor?

— Claro! — o motorista coloca a mão no bolso, retira os documentos, mas quando vai entregá-los, puxa o soldado para perto de si, aplica-lhe uma chave de braço, e em seguida um mata-leão que o apaga rapidamente. Os outros soldados, ao perceberem, correm todos em direção à moto, mas não disparam um tiro com medo de acertarem Smith. O motorista acelera e dispara, logo deixando a base para trás.

Os soldados entram em jipes e procuram pela moto. Alguns minutos depois, encontram o motorista jogado no chão. Quando retiram o capacete, percebem que na verdade quem estava vestido com as roupas de branco era o soldado Smith.

Mística chega à capital vestida como o soldado Smith. Aproxima-se da base americana nas ruínas do castelo de Destino. Ela atravessa a ponte Morkoff, e chega à entrada do castelo. A sentinela aproxima-se e bate continência.

— Bom dia! Tenho uma mensagem urgente para o general Johnson.

— Soldado Smith, certo? Você está preso! A sentinela aponta o fuzil para a cabeça da Mística. Ela não resiste à prisão.

Logo é desarmada, e presa no calabouço.

À noite, Johnson visita sua prisioneira.

— Sabia que ainda nos encontraríamos um dia... (**) — o sorriso do general é indisfarçável, em meio a uma baforada de seu charuto.

— Quer dizer que você está mesmo vivo... vaso ruim não quebra mesmo! — Mística fala, retribuindo o sorriso com grande dose de cinismo e sarcasmo.

— O que você vê de mais nessas crianças? O mais importante nós já temos, que é a tecnologia.

— Sim... transformar todos os seres humanos em mutantes... é o sonho para vocês, não? Mas vocês não merecem... e nunca conseguirão, pois um mutante genuíno já nasce com seu gene ativo. Por mais que vocês nos invejem, nunca se tornarão como nós!

— Hahaha! — Johnson gargalha, tendo até que enxugar os olhos — Delírios de grandeza, bem típico da sua corja gene podre! — o general solta a fumaça na cara da mutante — Deus está do nosso lado, não percebe?

— Vocês falam muito de Deus, mas os verdadeiros deuses somos nós, os mutantes!

— Quanto idealismo de alguém que nunca hesitou em servir o governo quando conveniente.

— Quem é você para me julgar?

— Deus me dá prova todos os dias de que estamos certos. Não vê essas crianças, por exemplo? Não acha conveniente que justo Destino estivesse com elas? Agora os pais irão parar de acusar o governo de ter seqüestrado os filhos delas, e ficou provado que na verdade tudo era um plano do maléfico Doutor Destino... até o Quarteto Fantástico acabou do nosso lado, no final, e nossa invasão está mais do que justificada.

— Sim, conveniente demais...

Nesse instante, a sentinela chama pelo general.

— Senhor, tenho que sair. Está na hora de troca de guarda.

— OK! Ainda teremos muito tempo para nos divertirmos, certo? — o general dá uma piscadela para Mística e se levanta para sair da cela, quando subitamente alguém o agarra por trás e lhe dá um tiro na cabeça, usando uma pistola silenciadora.

— Hacker X! Finalmente! — grita Mística, sem paciência.

— Desculpa, mas esse negócio de se infiltrar e disfarçar não é comigo, eu avisei.

— OK, agora vamos!

Mística usa as roupas do general e assume sua forma. Vai até o quarto do agora falecido Johnson, dá ordem para que preparem seu jipe, e lhe tragam as crianças alteradas geneticamente. Diz que sairá em uma missão com o soldado (Hacker X), e leva as crianças consigo. Nas barbas do exército americano, os dois saem do país com destino desconhecido.

Genosha, três dias depois.

— Finalmente, as crianças! — Magneto sorri ao finalmente encontrar-se com Mística.

— Peço desculpas pela demora, mas o maldito Deadpool me feriu, e ainda estavam envolvidas variáveis demais.

— Sim, Mística, sei disso! O traidor já teve seu castigo merecido, pelo que soube. (***)

— Ainda lhe dei uma chance para refletir bastante sobre a vida, hehehe. — Mística não esconde a satisfação que sua vingança lhe causa.

— Sim, e no final os humanos foram todos derrotados. Isso é apenas o início! Nossa vitória aqui em Genosha, e depois em todo o mundo, é irreversível! — Magneto olha pela janela a cidade de Baía Hammer orgulhoso, pensando no glorioso futuro que proporcionará aos mutantes.


:: Notas do Autor

(*) Veja em Capitão América # 02. voltar ao texto

(**) O primeiro encontro deles se deu em Quarteto Fantástico # 09. voltar ao texto

(***) Conforme visto na última edição. voltar ao texto


Esta edição faz parte da saga Imperius X! Confira a seqüência de leitura:
:: Prólogos:
X-Men # 14
Gambit # 01
:: Fase 1:
X-Men # 15
Gambit # 02
:: Fase 2:
X-Men # 16
Gambit # 03
X-Factor # 01
:: Fase 3:
X-Men # 17
Gambit # 04
X-Factor # 02
Mística # 01
:: Fase 4:
X-Men # 18
Mística # 02




 
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