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Por
Fernando Lopes
Decisões
Final
Na escuridão
da noite russa, dois homens caminham furtivamente até os
limites de uma área fortemente guardada por tropas do exército
vermelho. Daquele ponto em diante, estende-se um território
desolado, consumido pela intensa radioatividade resultante da
destruição de Ninji-Novgorod.
Está pronto?
Tem certeza de que não há perigo, professor?
Absoluta. O máximo que pode acontecer é não
conseguirmos resolver tudo em uma hora e seus átomos se
dispersarem em excruciante agonia, apagando-o para sempre da existência.
Ronnie Raymond encara Eléktron em silêncio por alguns
segundos. O rosto do professor Ray Palmer permanece impassível,
como se suas palavras não fossem absolutamente perturbadoras,
para dizer o mínimo.
O senhor tá tirando uma com a minha cara, não
tá?
Você não quer realmente saber, quer?
Você é maluco?
Depende do ponto de vista responde Palmer, sério. Se você considerar que estamos numa missão não-autorizada
em território hostil, sim. Mas se você achar que
estamos aqui para ajudar um país vítima de um dos
maiores inimigos da Humanidade, talvez encare a coisa toda sob
outro prisma.
O jovem olha confuso para o homem de cabelos castanhos à
sua frente. Ele sabe que é a coisa certa a fazer, mas isso
não é exatamente um grande conforto. Por fim, resigna-se
ao que diz sua consciência.
Tá legal, vamos nessa Ronnie dá lugar mais uma
vez a seu flamejante alter-ego, Nuclear. Afinal, o que pode
dar errado?
Esse é o espírito, garoto. Agora relaxe. Pode
haver um desconforto momentâneo.
Vestindo um traje anti-radiação e portando um contador
geiger, Eléktron reduz seu tamanho e o de ser companheiro
a níveis subatômicos.
Cara, isso é muito louco!
Você ainda não viu nada... Vamos.
Incógnitos, os dois heróis partem em direção
ao perímetro protegido, dispostos a concluir o que se dispuseram
a fazer quando deixaram os EUA, um dia antes.

Gotham City 2h17
Pasquale Galante dorme tranqüilo. Encastelado em sua mansão,
cercado por guarda-costas fortemente armados, ele desfruta de
um tipo de segurança que apenas sua posição
como líder das Cinco Famílias de Gotham pode conferir.
Mas não é só o aparato de vigilância
que dá a don Pasquale a tranqüilidade de que
usufrui. Para chegar aonde está, ele teve de lutar, e muito.
Sobreviveu a atentados e fez com que seus inimigos conhecessem
o peso de sua ira. Mais do que um simples "empreendedor" como define a si mesmo e às suas atividades mafiosas Pasquale Galante é um sobrevivente.
Toda a segurança e experiência do chefe mafioso,
porém, não são suficientes para prepará-lo
para a repentina pressão da mão enluvada contra
sua boca. Na penumbra de seu quarto, Galante abre os olhos e encara,
aterrorizado, o rosto encapuzado do homem que há mais de
uma década desafia o submundo de Gotham em sua guerra solitária.
A pressão em sua mandíbula aumenta quando o enorme
vulto negro se aproxima, encarando-o com os olhos vítreos
de sua máscara. Uma voz profunda e sombria gela sua alma:
Grite, e será o último som que vai emitir.
Percebendo a fragilidade de sua posição, Galante
faz um sinal de assentimento com a cabeça. A pressão
contra a sua boca se afrouxa.
O... o que quer?
Respostas.
Sobre o quê?
Um de seus cães atacou a Caçadora no hospital
ontem à noite. Quero saber quem deu a ordem.
Ah, isso... o rosto de Galante se fecha numa expressão
de desagrado. Foi uma estupidez. Uma tolice de um tal de Urbano,
um tenente dos Panessa, que achou que poderia subir de posto se
conseguisse tirar aquela vagabunda de circ... A mão se
fechando em seu pescoço impede que o chefe mafioso continue
a frase.
Cuidado com o que diz, velho. Isso não é jeito
de falar de uma dama. Onde encontro esse tal Urbano?
Receio que não será possível. Digamos que
ele saiu da cidade... permanentemente.
O Homem-Morcego arranca o chefão criminoso de sua cama
com um puxão, segurando-o violentamente contra a parede.
Você é um verme, Galante. Ouça o que vou
lhe dizer, e ouça com atenção: fique longe
da Caçadora. Se ela pegar uma gripe sequer, vou ficar extremamente
aborrecido e virei atrás de você. E eu posso ser
um sujeito profundamente... desagradável quando estou aborrecido.
Batman arremessa o bandido de volta na cama e se prepara para
sair.
Espere diz o criminoso, chamando-o de volta. Há mais
um.
O que quer dizer?
Antes de... deixar a cidade, Urbano despachou um segundo homem
para eliminar a vag... a Caçadora.
Quem?
Uma mulher. Parece que o nome é Lady Vic.
"Lady Elaine Marsh-Morton, herdeira de uma longa linhagem
de mercenários britânicos. Andou dando trabalho ao
Asa Noturna há algum tempo(*)", pensa Batman. "Mais
difícil de encarar do que um pistoleiro de segunda categoria."
Por que está me contando?
Não é por medo, se é o que está
pensando. Galante assume o controle da conversa pela primeira
vez. Toda esta história foi um erro desde o princípio.
Não é preciso que ninguém vá atrás
da tal Caçadora. O próprio ódio, mais cedo
ou mais tarde, vai acabar com ela. O que quer que tenha contra
nós, vai fazê-la passar dos limites, mais cedo ou
mais tarde. E daí ela terá de se entender com você...
Um sorriso se forma no rosto do mafioso, que se diverte com
a situação.
Talvez diz o Homem-Morcego, soturno. Com sorte, você
não estará vivo para assistir.

Apartamento de
Clark Kent e Lois Lane manhã seguinte
Tem certeza, Batman?
Absoluta. A vida da Caçadora ainda corre perigo. Temos
de mantê-la sob vigilância até que possamos
removê-la para um lugar mais seguro.
O que pode não ser breve pondera o Super-Homem. Estive
conversando com os médicos pouco depois do atentado. Há
algo de muito errado com a recuperação da Caçadora.
Pelo tempo que ela está internada, os ferimentos já
deveriam ter cicatrizado, mas isso não aconteceu. A luta
contra o assassino só piorou a situação (**).
O estado dela se agravou e os médicos a levaram a um coma
induzido para tentar salvá-la. Talvez ela não resista...
Vai resistir. Ela é forte. Precisamos garantir que ela
tenha chance de lutar. Não posso deixar Gotham por enquanto,
tenho um caso importante aqui (***). Quem pode cuidar dela?
Esse é outro problema... A maioria de nós está
com problemas urgente e alguns não puderam ser contatados.
Parece que o Homem-Borracha é o único disponível.
O'Brien? Batman pensa alguns segundos. Sim, ele é
capaz de dar conta de Lady Vic sem maiores problemas.
Em que está pensando?
Naquilo que você me disse sobre os ferimentos da Caçadora.
Acaba de me ocorrer uma coisa. Ligo quando tiver algo concreto.
Batman desligando.
O rosto do Homem-Morcego desaparece do comunicador. O Super-Homem
entra em contato com Oráculo e pede a ela que mande o Homem-Borracha
o mais rápido possível para Arkansas.
Você parece preocupado.
E estou, Lois. Batman está excessivamente confiante na
recuperação da Caçadora. Na verdade, acho
que ele precisa acreditar nisso. Foi ele quem a indicou para o
grupo e, conhecendo-o como o conheço, tenho certeza de
que se sente responsável pelo que aconteceu com ela. Tremo
só em pensar no que pode acontecer se ela não resistir.

O som do comunicador
desperta Patrick Eel O'Brien de mais um de seus agora freqüentes
pesadelos. Ele estica seu braço elástico até
a cômoda, pegando o pequeno aparelho.
Borracha, é Oráculo.
Que é que manda?
Você foi escalado para guardar a vida da Caçadora
no hospital. Temos fortes indícios de que ela sofrerá
um novo atentado. A principal suspeita é uma mercenária
inglesa chamada Lady Vic. Ela usa um arsenal de armas antigas
e... Está me ouvindo, Borracha?
Tô, por quê?
Estou falando há um minuto e meio e você ainda
não me interrompeu com nenhuma piadinha. Você está
bem?
Eu tô legal, não esquenta. Olha, me manda os dados
da tal assassina. Vou me aprontar e já estou indo bancar
a babá da gata selvagem, falou? Borracha desligando.
O'Brien se levanta e estica o pescoço até o banheiro,
olhando-se no espelho. "É, meu velho", pensa,
"é hora de ver se você ainda tem pique para
esse trabalho ou se está na hora de pendurar as chuteiras".

Santo Deus!
A desolação do lugar que um dia foi a cidade russa
de Ninji-Novgorod choca tanto Eléktron quanto Nuclear.
A magnitude da destruição é tamanha que faz
os heróis se sentirem insignificantes, mesmo retornando
ao seu tamanho natural.
Eu não podia imaginar o estrago...
Eu podia diz Ray Palmer, amargo. Acha que pode resolver?
Bem, o senhor me explicou como converter a nuvem radioativa
em substâncias inertes, mas eu não sei se consigo
fazer algo dessa magitude...
Só há um jeito de descobrir, rapaz.
Nuclear dá um suspiro e fica em silêncio por um segundo.
Em seguida, o jovem se concentra e, com seu incrível poder,
começa a transmutar as partículas radioativas no
ar. Ao seu lado, Ray Palmer acompanha o trabalho do rapaz, monitorando
os níveis de radioatividade e rezando para que ele agüente
a pressão da tarefa. Por incontáveis minutos, o
silêncio é total. A princípio lentamente,
depois mais rápido, as leituras do equipamento do físico
mostram a queda do índice de radioatividade no ar. Para
evitar que Nuclear seja detectado pelas patrulhas russas, Eléktron
miniaturiza-o novamente. O herói atômico então
alça vôo em círculos cada vez mais largos,
num esforço hercúleo para vencer a nuvem venenosa.
Quarenta minutos depois, os níveis de radiação
estão normais e o professor Palmer comemora.
Parabéns, garoto! Você conseguiu!
Não, professor. Nós consegui...
Nuclear não completa a frase, desmaiando de cansaço.
É amparado por Eléktron, que devolve ambos a seu
tamanho natural.
Garoto, não é uma boa hora para dormir! Precisamos
sair daqui imediatamente antes que sejamos...
Descobertos? Acho que é meio tarde para isso, camarada.
Considere-se preso.
Ray Palmer não precisa se virar para reconhecer o inglês
fortemente carregado de sotaque russo do mutante Vanguard, provavelmente
o mais antiamericano dos membros da equipe de heróis nacionais
da Rússia, a Guarda Invernal.
Você acreditaria se eu dissesse que há uma explicação
perfeitamente racional para isso?
Não. E, honestamente, não me importa. Vocês
invadiram território russo, contrariando uma ordem direta
de Moscou. Se dependesse de mim, seriam executados aqui mesmo.
Felizmente, não depende de um cabeça-quente como
você.
Os dois homens se voltam em direção da voz do estranho
que acaba de chegar. Eléktron reconhece o uniforme do Guardião
de Aço, líder da Guarda Invernal.
O que quer dizer com isso, tovarish?
Quero dizer que nós não faremos nada contra estes
homens.
O QUÊ? Você enlouqueceu?
Não. Na verdade, quando fui notificado na repentina queda
nos níveis de radiação da área de
conflagração, deduzi que houvesse algum tipo de
intervenção meta-humana. Mais especificamente, da
participação de Nuclear. Contatei Moscou e fui instruído
a avaliar a situação.
Mas esses dois invadiram nosso país, entraram em área
proibida e...
E resolveram um problema ambiental que levaríamos décadas
para remediar.
Isso não quer dizer que...
Cale-se, Nicolai! ordena o Guardião de Aço,
em russo, num tom ríspido. Enquanto eu for o líder
deste circo de aberrações, as coisas serão
feitas ao meu modo!
Você não pode fazer isso!
Diga isso ao presidente. Foi ele quem me deu autonomia
para resolver este caso da forma que julgasse melhor. E é
isso o que vou fazer.
Nicolai Krylenko se cala, a fúria queimando em seu peito.
Quanto a vocês dois, diz o Guardião de Aço,
voltando-se para Eléktron e o ainda desacordado Nuclear
devem deixar o país imediatamente. Gostaria de expressar
a gratidão do povo russo pelo que fizeram hoje, mas é
imperativo que isto seja mantido em sigilo. Para todos os efeitos,
vocês jamais estiveram aqui. E, para seu próprio
bem, aconselho que não voltem a pisar na Rússia
sem que sejam convidados. Nossa recepção pode ser
bem menos... cordial da próxima vez. Vou acompanhá-los
até a fronteira.
Está bem. E obrigado.
Não me agradeça, Eléktron. Diferente de
Vanguard, eu sei que bons homens não são medidos
por sua nacionalidade, mas por seus atos.

FOGO! O hospital
está pegando fogo!
O alerta provoca pânico nos corredores do Hospital Geral
de Little Rock, fazendo com que médicos, enfermeiras e
pacientes se precipitem para as saídas de emergência.
Na ala de segurança, onde a Caçadora repousa em
coma induzido, o último dos dez guardas destacados para
protegê-la tomba inconsciente. Bombas de fumaça estrategicamente
colocadas nos dutos de ar providenciaram a distração
necessária para a entrada de Lady Vic no hospital, enquanto
o gás sonífero tirou os guardas de ação.
A mercenária sabe que tem apenas alguns segundos para infiltrar-se
no quarto de Helena Bertinelli para cumprir o contrato de US$
5 milhões pela vida da vigilante e fugir, aproveitando-se
da confusão.
No quarto aparentemente vazio, apenas o corpo da mulher mascarada
repousa solitário em uma cama central, cercado por aparelhos.
"Seria fácil simplesmente desligar os aparelhos",
pensa Elaine Marsh-Morton. "Mas me pediram para deixar claro
o motivo para a dona ter morrido. Portanto, vai ter de ser do
jeito mais difícil." A assassina saca uma adaga bundhi
afiadíssima e se encaminha para a cama.
Não lhe ensinaram que brincar com facas pode ser perigoso?
O quê? Quem disse isso?
Sem qualquer aviso, o tapete vermelho e amarelo do quarto cria
vida, enrolando o braço de Lady Vic e afastando-o de sua
vítima. Surpresa, a mercenária é tirada do
chão e vê o tapete assumir a forma do Homem-Borracha.
Seu palhaço! O que pensa que está fazendo?
Ganhando pontos com um certo morcego, se tiver sorte.
Você vai ganhar é um caixão, seu idiota
a assassina saca outra lâmina e tenta atingir O'Brien,
que desvia seu corpo elástico.
Nossa, moça, qual é o seu problema? Está
naqueles dias? Por que simplesmente não aceita que foi
vítima de meu charme irresistível?
Você fala demais livrando um dos braços, Lady
Vic dispara uma lâmina na direção da Caçadora.
NÃO!
O grito do Homem-Borracha é acompanhado por uma reação
instintiva de seu corpo maleável. Ele larga a mercenária
e apara a faca em pleno ar. Aproveitando a chance, a assassina
dispara porta afora, tentando fugir.
Sua louca! Se você não sabe a hora de parar, está
mais do que na hora de alguém lhe ensinar.
O'Brien estica o braço no encalço de Lady Vic, enlaçando
suas pernas enquanto corre. Desequilibrada, a mercenária
cai com o queixo no chão, desmaiando. "Droga. Quase
pisei na bola desta vez", pensa o Homem-Borracha, enquanto
recolhe o corpo inerte da adversária. "Não
adianta. Não estou mais com cabeça para essa loucura
toda. Acho que está na hora de dar um tempo ou alguém
vai acabar morrendo. E o pior: talvez seja eu."
Horas mais tarde
E esta é a situação, senhor Caçador.
Não podemos continuar mantendo sua colega em nosso hospital.
Isso está comprometendo não só a segurança
dela, mas também a nossa e dos outros pacientes. Por outro
lado, não podemos removê-la sem colocar sua vida
em risco.
O diretor do hospital sente-se um pouco desconfortável
com sua situação. Não apenas pelo problema
em si, mas pela estranha presença de seu interlocutor,
o alienígena conhecido como Caçador de Marte.
Entendo, doutor. O Super-Homem tinha me colocado a par da situação...
inusitada da Caçadora, que não apresentou qualquer
melhora apesar de seus esforços. Analisando o problema,
concluímos que talvez os senhores pudessem contar com a
ajuda de um outro especialista. Por favor, deixe-me apresentá-lo
ao doutor Stephen Strange(****).
O homem magro, de bigode e cavanhaque pretos e têmporas
grisalhas se aproxima, estendendo a mão para o médico.
Strange? Curioso... Acho que me lembro vagamente de ter ouvido
falar do senhor, há cerca de uns 12 anos. Mas ouvi dizer
que tinha abandonado a medicina.
Digamos que eu hoje prefira uma abordagem mais... holística
das coisas.
Sei... o médico assume uma postura que alterna desdém
e despeito. Mas não vejo em que o senhor possa ajudar.
Já tentamos todos os procedimentos possíveis, sem
resultado.
Então o senhor seguramente não irá se importar
se eu der uma olhada na paciente, não?
Constrangido, o diretor do hospital não tem escolha senão
permitir a entrada do Doutor Estranho no quarto.
Se me permite, gostaria de ficar a sós com a paciente.
Ora, mas isso é...
Doutor, interrompe o Caçador de Marte nós
realmente agradeceríamos a sua colaboração.
Bem... hã... Creio que não haverá problema
algum.
Assim que a porta se fecha, o Doutor Estranho desfaz o encantamento
que encobre seus trajes consagrados e se aproxima do leito onde
jaz Helena Bertinelli, em coma. Lentamente, o medalhão
em seu peito se abre e o místico Olho de Agamotto flutua
para fora, pousando suavemente sobre a testa do médico.
Sob a luz do olho que tudo vê, a situação
se torna clara para o Mago Supremo da Terra. "Exatamente
como pensei. Quando Batman me explicou a situação,
logo imaginei que a natureza mística dos ferimentos causados
pelos N'Garai estava impedindo a recuperação física
da Caçadora. É hora de remediar isto." Recitando
encantamentos há muito esquecidos, Stephen Strange trabalha
para eliminar a influência nefasta dos N'Garai no corpo
de sua companheira de equipe. Uma hora depois ele deixa o quarto.
Creio que ela vá ficar bem diz o místico, dirigindo-se
ao Caçador de Marte. Acredito que em dois ou três
dias ela esteja plenamente recuperada.
Isto é impossível! retruca, irritado, o diretor
do hospital. Que espécie de charlatanice é essa?
Veja o senhor mesmo.
O médico entra no quarto e constata, com surpresa, que
os ferimentos estão praticamente curados. Estupefato, ele
olha para o estranho que caminha para a saída, depois de
despedir-se do Caçador de Marte.
Strange, espere! Como fez isso!
Com um discreto sorriso, o Doutor Estranho olha por sobre o ombro
e responde, ajeitando o sobretudo.
It's a kind of magic.
:: Notas do Autor
* A mercenária Lady Vic fez sua primeira aparição
na revista Nightwing 4 (inédita no Brasil). Recentemente
ela apareceu por aqui como integrante do Tártaro, grupo
que reúne vários inimigos dos Titãs.
** Última edição.
*** Saiba mais lendo as aventuras de Batman.
Desde que o Mordred as escreva, é claro...
**** Esta história se passa imediatamente antes dos eventos
da mini-série O Estranho e o Louco.
Aliás, se você ainda não leu, o que está
esperando?
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