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Capitão América & Namorita # 01

Por Robson Costa

Em Busca de Namor (*)
Parte I

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Torre Titã

Namorita assiste estarrecida à televisão. Mesmo passando vários meses após o caso Arjuna (**), o assunto ainda não saiu das manchetes dos jornais. Todos os dias, mesas de debate, colunistas e reportagens tratam do tema. Aos seus pés, vários jornais e revistas criticam os Vingadores e o governo sobre as atitudes de Namor. Nita não entende. Aquele não era o seu primo. Namor nunca tinha demonstrado este seu lado de conquistador. O principal interesse dele sempre foi o bem-estar de todos os atlantes. Defender o seu reino. Combater a poluição marinha. Aquele Arjuna não era o seu primo.

"Namor não faria uma coisa dessas. Tenho certeza." — ela pensa — "Mesmo aqueles e-mails estranhos que vi uma vez quando o visitei na Oracle Enterprises. Deve ter uma explicação lógica para o que aconteceu."

Namorita lembra-se dos e-mails que chegaram para ela ali na Torre Titã, que quase fez com que os Titãs desconfiassem dela, principalmente Mutano. De repente, uma lembrança vem à sua mente. Paul Destino. Coroa da Serpente. Será que alguém está controlando mentalmente Namor? Sim, há esta possibilidade. Alguém poderia ter encontrado novamente a Coroa e ter usado contra ele.

— Só pode ser isto. O Namor que eu conheço não faria uma coisa destas. Mas eu tenho que provar isto. E preciso de ajuda.

Logo Namorita chega à única pessoa que poderia ajudá-la e a seu primo. A única pessoa da superfície a quem Namor considera o seu maior amigo: o Capitão América.

Mansão dos Vingadores

— Capitão, visita para o senhor. — anuncia Jarvis, entrando no gabinete, onde Steve Rogers está analisando vários papéis.

— Namorita! Que surpresa! — fala o Capitão América, cumprimentando a prima de Namor.

— Olá, Capitão. Eu acho que você tem uma idéia do que vim fazer aqui.

— Provavelmente o seu assunto é sobre Namor. Desculpe, mas o que o seu primo fez está sendo muito difícil de perdoar...

— Eu sei, Capitão. Até eu estou perplexa com tudo o que aconteceu. Nem eu acredito, mesmo com as imagens da televisão e as fotografias...

— Namor se transformou em um conquistador maquiavélico. Ludibriou a mim, aos Vingadores, ao governo dos EUA. Financiou atos terroristas, contratou os serviços dos piores homens que existem,...

— Eu sei, eu sei. Mas e se não fosse ele?

— Como assim, Namorita? Você está duvidando da minha palavra?!

— Não, Capitão. O que eu quis dizer é; e se ele não tivesse sido controlado mentalmente? Lembra que ele ficou sob os efeitos da Coroa da Serpente quando Paul Destino a encontrou? E se algum outro vilão não tivesse feito a mesma coisa contra ele agora?

Steve Rogers reflete um pouco. Sim, há esta possibilidade. Ele já havia lutado ao lado e contra Namor, principalmente no início dos Vingadores. Mas aquele era um Namor amargurado, culpando a superfície por tudo o que acontecera contra a sua Atlântida. Mas, ao mesmo tempo, o Capitão América tinha conhecido o lado heróico de Namor durante a Segunda Guerra, e mesmo mais tarde, quando este tornou-se um dos Vingadores.

— Muito bem, Namorita. Concordo que pode haver esta possibilidade, mas o que podemos fazer?

— Namor está foragido. Eu conheço vários lugares onde ele normalmente se refugiaria. Provavelmente foi para um desses lugares que ele partiu.

— Mas o oceano é imenso. Esta nossa busca pode ser totalmente infrutífera.

— Sim. Mas se esta é a única chance de podermos limpar o nome do Namor, eu acho que devemos agarrar com unhas e dentes esta possibilidade.

— Muito bem, então. — Capitão América pressiona um botão de um comunicador. Na pequena tela do aparelho, surge o rosto de Jarvis.

— Sim, Capitão?

— Jarvis, prepare o minisubmarino dos Vingadores. Eu e Namorita sairemos em uma missão para ajudar um amigo.

— Imediatamente, senhor.

Alguns minutos depois, uma escotilha disfarçada se abre e o mini-submarino dos Vingadores avança em direção ao mar.

Sede da Lexcorp, Metrópolis

Lex Luthor prepara mais uma dose de uísque. Depois, senta em uma poltrona, enquanto aumenta o som da sua televisão. Na tela, repórteres entrevistam Krang, governante provisório da Atlântida. O atlante veste um traje que o permite permanecer fora d'água. Ele está em Nova York, em frente do prédio das Nações Unidas.

— ... como atual governante do reino de Atlântida, gostaria, desde já, de enviar as minhas desculpas a toda população da cidade de Nova York pelas atitudes tomadas pelo nosso antigo monarca. Saibam que o governo e o povo atlante desejam viver em paz com o povo da superfície e dos reinos submarinos coirmãos. Estou aqui para que novamente a Atlântida e os habitantes da superfície possam novamente coexistir pacificamente. Nós da Atlântida condenamos veemente o ataque covarde de Namor e...

— O espetáculo está excelente. — diz Luthor.

O empresário caminha até a sua mesa. Ele escuta as últimas declarações de Krang, que Namor agora também é um foragido da justiça atlante.

"Uma oportunidade surgiu." — ele pensa. Luthor lembra do seu seqüestro pelos vilões contratados por Namor. (***) E ele jurou se vingar desta humilhação.

— Hope! Mercy! Venham ao meu escritório. — ordena pelo seu interfone.

Logo as guarda-costas entram na sala.

— Sim, senhor.

— O momento chegou. Entrem em contato com o Tubarão-Tigre.

Oceano Atlântico

— Então? — pergunta o Capitão América, enquanto Namorita retorna a bordo do submarino, após investigar mais um provável esconderijo de Namor.

— Nada, ele não está e nem esteve aqui.

O Capitão América solta um suspiro de desapontamento. Ele já considera esta missão inútil. Ele e Namorita já visitaram centenas de lugares e em nenhum deles encontraram pistas de Namor.

— Acho melhor nós desistirmos. O oceano é imenso e poderíamos levar toda a nossa vida nesta procura. — fala o Capitão, já cansado.

— Não, Capitão, por favor. Esta é a última chance que temos para inocentar Namor.

Porém, antes que Steve Rogers possa retrucar, o minisubmarino sofre um abalo, jogando os nossos heróis no chão. Imediatamente, eles se recuperam e vêem de onde veio o ataque: uma tropa atlante aproxima-se. O disparo que acertou o submarino provavelmente veio de uma nave que se aproxima. Namorita volta de novo à água e ataca o destacamento. Steve Rogers a segue e lança o seu escudo contra os disparadores da nave atlante, danificando-os. Alguns soldados se aproximam dele, porém, o Capitão América já tinha os percebido e logo os desarma.

Após derrotar os soldados atlantes, Namorita lança-se em direção à nave de guerra atlante. Usando de sua força, ela quebra a janela da sala de comando e invade a embarcação.

— O que está acontecendo aqui? — ela pergunta — Eu sou Namorita, prima de Namor, rei da Atlântida.

— Princesa! Nos desculpe, não a reconhecemos, nem a embarcação em que vossa alteza estava! — responde o oficial comandante — Homens! Cessem o ataque!

Imediatamente, os soldados atlantes param de lutar contra o Capitão América. Ele então nada em direção a sala de comando da nave atlante para se encontrar com Namorita.

— O que houve? Por que eles nos atacaram? — pergunta Steve Rogers

— Já pedimos desculpas à princesa Namorita pelo lamentável ocorrido, mas estávamos apenas cumprindo ordens. — responde o oficial — Mas, com a chegada da princesa, podemos cumprir outra ordem agora: temos que levá-la a um outro local do reino.

— Levar-me? Para onde? — pergunta Namorita.

— Infelizmente, não posso revelar. Vossa alteza pode nos acompanhar no seu minisubmarino, juntamente com o seu amigo da superfície.

— Muito bem, que assim seja. Vamos, Capitão.

Os dois heróis retornam ao minisubmarino e passam a seguir a nave atlante.

— Que local é esse para onde eles devem levá-la? — pergunta Steve Rogers.

— Não sei. Mas acho melhor estarmos preparados para tudo.

Lexcorp, Metrópolis

— Senhor Luthor, Tubarão-Tigre chegou. — avisa Hope pelo interfone.

— Mande-o entrar.

O inimigo de Namor entra no escritório e encontra com Luthor no meio da sala.

— Prazer em conhecê-lo, senhor Arliss. — cumprimenta Luthor.

— Lex Luthor! Deixemos de rodeios e vamos falar do que se trata.

— Muito bem! Acho que o senhor já deve ter uma idéia do motivo que lhe chamei...

— Só pode ser uma coisa: Namor! Ele te deu trabalho alguns meses atrás. (****)

— Exatamente! E agora ele irá me pagar pelo que fez. Como também sei que você o odeia até mais do que eu, estou oferecendo todos os recursos necessários para que encontre Namor e faça-o pagar pela humilhação que eu passei.

— Combinado! Quanto eu recebo?

— Já está depositada em uma conta nas Bahamas um valor em dinheiro que você considerará satisfatória.

— Muito bem. Quando parto?

— Agora! Já tenho uma embarcação preparada no porto de Metrópolis. Os meus homens o levarão para qualquer lugar que deseje.

— Então, está combinado, Lex Luthor. Trarei a cabeça de Namor em uma bandeja para você.

Os dois vilões se cumprimentam, selando o acordo.


Conclui na próxima edição.


:: Notas do Autor

(*) Minissérie desenvolvida a partir de idéia "apropriada" do Conrad Pichler. voltar ao texto

(**) Em Vingadores # 09 a # 11. voltar ao texto

(***) Em Titãs # 12 e # 13. voltar ao texto

(****) Em Vingadores # 04 a # 06. voltar ao texto




 
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