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Mulher-Maravilha # 37

Por JB Uchôa

Odisséia em Nova York

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Themyscira

A rainha Diana olha do alto da sacada a vasta porção de terra chamada de Ilha Paraíso. Recosta-se sobre o peitoral de mármore e deixa a brisa acariciar seu rosto e o sol esquentar sua pele. Seus olhos azuis encontram-se com os olhos negros da capitã da guarda, Phillipus.

Minha rainha. — Phillipus ajoelha-se em sinal de reverência. Diana sorri e acena levemente com a cabeça, estendendo sua mão. As duas mulheres se cumprimentam e a capitã da guarda se põe em pé — Encurralamos Barbara Minerva a noroeste da ilha.

Na praia da solidão. — conclui Diana.

Houve um pequeno combate, mas ela estava cansada demais e caiu desacordada. — Phillipus retira o elmo e olha atentamente para Diana — A senhora tem certeza que quer deixá-la presa aqui, com as demais?

Sim, Phillipus. — diz a rainha, em um tom sério e solene — Esse é meu desejo.

Phillipus repõe o elmo e ajoelha-se novamente aos pés de Diana, saudando-a. Com o consentimento de sua rainha, ela sai da ampla varanda, deixando a outrora princesa imersa em seus pensamentos.

Nova York — embaixada de Themyscira

Não é nada, mamãe. — Cassie resmunga enquanto Helena faz um curativo — Ai! Isso dói.

Não resmungue, Cassandra! — a professora Sandsmark limpa novamente o ferimento no braço da filha — Poderia ter sido pior, aquele homem explodiu na sua frente.

Os braceletes me protegeram! O que me cortou foi alguma coisa cortante. — Cassie torce a boca olhando para o braço recém-enfaixado, enquanto Helena sorri ao ver a filha constatando o óbvio — Hã... mãe... na coroação, quando Vanessa me cortou... ela lambeu meu sangue.

Que coisa repugnante, Cassandra. — fala Helena, enquanto procura um esparadrapo na maleta em seu colo — Não fale isso para Julia, ouviu?

Claro, mãe... mas é que ela disse que meu sangue é imortal. — Cassie fita os olhos da mãe e pergunta — Como pode?

Isso é uma grande tolice, Cassandra. A pobre Vanessa não tem agido de forma coerente há tempos.

Ela estava bastante surpresa, mãe.

Esqueça isso, Cassandra, você sabe de quem estamos falando, não sabe? — Cassandra responde que sim, baixinho, enquanto Helena termina o curativo.

No andar abaixo, Donna Troy conversa com Ártemis no escritório da embaixadora. Sílvia apressa-se em tomar nota do que elas dizem e limita-se a não fazer nenhuma ponderação.

E então, como vamos fazer o dia da Mulher-Maravilha? — pergunta Ártemis, com certo desdém em seu tom de voz.

Nós já listamos tudo o que precisamos, Sílvia? — pergunta Donna, com delicadeza.

Sim, senhora. — Sílvia tamborila a caneta nos dentes com pressa — Mas... vocês não acham que devíamos contratar uma agência?

Pra quê? — pergunta Ártemis.

Uma agência vai cuidar de tudo, Ártemis. O material, a qualidade da impressão, transporte do material, aplicação, execução, contratação de pessoal, mídia... — Donna continua enumerando os afazeres que um evento de grande porte deve ter.

OK, Donna, entendi. — Ártemis transparece estar impaciente — Eu só quero saber como vai ser isso.

Eu já verifiquei uma empresa para executar o evento, Sílvia. O orçamento está fechado e temos um tempo hábil de quinze dias para isso.

Quinze dias? Será praticamente uma operação de guerra. — brinca Sílvia.

É importante que algumas autoridades compareçam. — pondera Donna — Muito mais importante que a comunidade heróica.

Certamente, senhora. — Sílvia tamborila a caneta novamente e pergunta — Qual é a agência?

A Mayer Publicity. — Donna sorri — É o irmão de Mindy que vai tocar o evento.

Egito

Hipólita e Ganesha encontram-se dentro do suntuoso templo de Ísis. Bastet parece mais calma, mas de vez em quando olha para a amazona de esguelha. Bast aplica ungüentos no corte que sua irmã causou no gigante Hindu.

Lembre-me — diz Ganesha, em um tom calmo — de, da próxima vez que eu vier ao Egito, informar antes.

Claro, homem-elefante! — ri Bast, com timidez — Garanto que você nunca esquecerá.

Pensei que eram assassinos, já disse! — Bastet mostra as garras para Hipólita, que brande a espada no ar.

Recolha a espada, Hipólita! — uma suave voz toma conta do ambiente — Você é minha convidada. — a forma etérea de Ísis surge no meio de todos, possui uma brilhante cor dourada e exala o perfume de rosas.

Poderosa Ísis... — Hipólita baixa a espada e reverencia a deusa.

Perdoe-me não poder cumprimentá-la fisicamente, o poder de Ísis ainda procura uma hospedeira à altura. Diga-me, amazona, soube que tens um recado para mim.

Saúdo vossa majestade em nome de Pallas Atena.

Atena? — o rosto espectral de Ísis sorri — Muito me alegra o remetente de sua mensagem.

Torre Titã

Roy Harper usa o comunicador da torre, criando um link com a base da Liga da Justiça. Escorado na cadeira, as pernas cruzadas no painel, ele segura uma grande xícara de café onde está escrito "Super Pai".

— Era mais fácil antigamente. — diz o arqueiro ruivo, soprando a fumaça da xícara fumegante — Bastava eu me ajoelhar aos seus pés e implorar.

— Oh, Roy, acabei de chegar aqui. — Donna toca a tela do comunicador como se estivesse acariciando o rosto de Arsenal — Tem essa reunião com o Super-Homem, ainda estou me habituando às coisas aqui na Liga.

— Eu sei, gata, é só saudade. — Arsenal sorri, com ar maroto — Quando te vejo?

— OiRoyoiDonna! — um borrão escarlate cruza a cadeira atrás de Donna e acena para Roy Harper na tela do comunicador.

— Fala, ligeirinho! — Arsenal sorri — Cuida da minha garota, mas de longe, ouviu? Ela tem uma queda por ruivos.

— Bobo! — Donna manda um beijo — Te ligo quando sair daqui, espero que a gente possa jantar juntos. — a tela escurece e Donna abraça o Flash.

— E então, Mulher-Maravilha, gostando do novo trabalho?

— Nossa, Wally! Eu tinha uma leve noção do trabalho humanitário que Diana fazia, mas não sabia que era tanto! Estou até locando o estúdio, faz dias que não consigo fazer uma foto.

— Acho que a reunião com o Super vai atrasar um pouco, olhe! — Wally West aponta para um dos monitores da sala que mostra dois enormes gigantes destruindo Chicago — Que gigantes são esses?

— Não são gigantes, Wally... são ciclopes! — dito isso, Wally West coloca Donna Troy nos braços e corre até o teleportador. Digita rapidamente alguns comandos e os dois heróis desaparecem.


Continua...




 
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