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Lobo # 20

Por Lucio Luiz

No último capítulo: Lobo se inscreve no torneio de lutas "O F*dão do Universo", que dará ao vencedor um prêmio de 700.000 créditos. Porém, os organizadores do evento, Abynk e Gásbek, planejam roubar toda a verba do torneio.

Os dois ETs precisam que a última luta dure um bom tempo para que possam preparar o roubo, portanto ficam preocupados quando descobrem que Lobo se inscreveu (afinal, contra Lobo os adversários não ficam em pé nem cinco minutos).

Para ganharem tempo, resolvem buscar no planeta Terra um ser tão poderoso quanto o Super-Homem, porém menos "bonzinho", e que seja capaz de manter Lobo ocupado por um bom tempo ou, até mesmo, de derrotá-lo.

Depois de muito procurar por todos os lados, os alienígenas descobrem um gibi que contém a informação de que há um terráqueo capaz de derrotar Lobo. Seu nome é Wolverine. Eles então seqüestram o mutante e o convencem a lutar com Lobo na disputa final do torneio.

E é na expectativa do início da luta entre esses dois seres tão poderosos que nossa história continua... (*)

A Luta do Milênio
Parte II

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Bem, amigos! Aqui é Rick Blaublau, da rádio Porrada, nas ondas do vácuo do espaço sideral, trazendo para nossos ouvintes aquela que certamente será conhecida no futuro como a "Luta do Milênio"!

Os dois adversários se observam aguardando o sinal que indicará o início da luta. De um lado, o mais famoso e violento caçador de recompensas da galáxia, o terror da Czárnia, o maioral: Lobo! Do outro lado, o tampinha terráqueo conhecido como Wolverine.

Estamos no ginásio de lutas Rocky Balboa, no planeta Konnan, onde está se desenrolando a última fase da competição "O F*dão do Universo", que indicará qual é o cara mais f*dão do Universo! Os dois lutadores estão ansiosos pelo início da contenda.

Soa o gongo! Lobo salta violentamente sobre Wolverine, que escapa por pouco da investida do czarniano. O terráqueo observa Lobo pelo canto dos olhos e expande suas garras inquebráveis. Num rápido movimento, fere as costas de Lobo antes que ele consiga se virar.

Wolverine está em vantagem nesse momento. Pelas regras da competição, ninguém pode entrar no ringue portando armas, a não ser que façam parte de sua própria fisiologia. Lobo, portanto, está com as mãos nuas no embate.

O terráqueo é muito rápido. Além disso, sua pouca altura em comparação a Lobo permite que ele mantenha uma rápida seqüência de golpes que rasgam a pele resistente do czarniano. Wolverine aproveita que Lobo ainda não conseguiu reagir e decepa um de seus braços.

Lobo dá um grito horrendo! Com um chute, consegue finalmente atingir Wolverine, que voa até o lado oposto do ringue, caindo de cabeça no chão. Mas o baixinho levanta rapidamente, aparentando nem ter sentido o golpe! Lobo pega do chão o pedaço de seu braço que foi arrancado e o une a seu antebraço. A capacidade de regeneração do czarniano consegue juntar novamente seu corpo sem maiores problemas.

Os dois adversários estão aparentemente conversando. Vamos abrir o som do ringue para que os nossos ouvintes saibam o que eles estão falando.


— Seu terráqueo filho duma piranha velorpiana! Vou arrancar teus olhos com as minhas mãos!

— Tu é que é um filho duma cadela sarnenta, seu branquelo metido! Vou te ensinar quem é o verdadeiro maioral daqui!

— Enfia essa tuas garrinhas nos teus cornos, ô mané!

— Eu vou enfiar isso aqui é no teu c...!

Pensando melhor, vamos cortar o som do ringue. Pelo visto, Wolverine é um homem de palavra e realmente golpeia com suas garras o traseiro de Lobo. O czarniano não gosta da história e consegue segurar o cabelo de seu adversário.

O czarniano enfia a mão na boca de Wolverine e puxa sua língua. O terráqueo começa a sentir muita dor e, para evitar um maior dano, corta sua própria língua com as garras. Lobo gargalha enquanto come o pedaço de língua que ficou em sua mão. Wolverine tenta segurar o sangue dentro da boca enquanto seu fator de cura trabalha para regenerar a língua perdida.

Wolverine observa seu adversário com um ar de quem planeja algo. Lobo parece não se preocupar em planejar nada e corre em direção ao terráqueo gritando palavras de ódio. Wolverine espera até o último minuto para iniciar nova investida, mas Lobo já teve a chance de analisar seu oponente e segura firmemente suas garras.

O czarniano tenta com todas as suas forças quebrar as garras de Wolverine, mas isso é realmente impossível. Ele então aproveita que o terráqueo está com os braços imobilizados e inicia uma seqüência terrível de chutes na direção de seu estômago.

Wolverine olha para Lobo com muita raiva e, com o pouco de força que ainda resta, retrai suas garras, ferindo as mãos do czarniano. Aproveitando os poucos segundos de distração de seu oponente, Wolverine pula para trás de Lobo e agarra seu tórax.

Essa atitude aparentemente estranha demonstra ser um gesto acertado. Apesar de sua força física superior, Lobo tem certa dificuldade para arrancar Wolverine dessa posição. Durante alguns poucos minutos preciosos, o terráqueo consegue recuperar boa parte de suas forças e, aproveitando novamente a vantagem que suas garras podem oferecer, as expande na direção do peito de Lobo, rasgando-o de cima para baixo.

Wolverine novamente se afasta, enquanto Lobo respira fundo e espera por alguns segundos a ferida cicatrizar. Porém, num momento de distração, Wolverine surge novamente por trás do czarniano e, assim como fez anteriormente, arranca seu braço direito.

Sabendo que Lobo pode facilmente recolocar o braço e voltar a ter a mesma vantagem de antes, Wolverine rasga em vários pedaços pequenos o braço do czarniano, que, tomado pela fúria, salta sobre o terráqueo que, dessa vez, não consegue ter tempo para fugir.

Lobo inicia uma seqüência de socos no rosto de Wolverine. Se seu crânio não fosse revestido pelo mesmo metal inquebrável de suas garras, certamente o terráqueo estaria morto nesse exato momento. Com seu único braço, Lobo ergue Wolverine e o lança para o fundo do ringue.

Wolverine ainda está tonto pela seqüência de golpes violentos quando Lobo salta sobre ele para iniciar mais uma rodada de chutes e socos. O czarniano resolve então utilizar as próprias garras de Wolverine para cortá-lo na altura da barriga, mas o baixinho ainda tem um pouco de consciência e as retrai a tempo, pouco antes de desmaiar.

O juiz interrompe o embate nesse momento, solicitando que Lobo se afaste de Wolverine. O czarniano não parece muito disposto a colaborar, mas é lembrado que deu sua palavra em seguir o regulamento do torneio, que exige que não se pode matar um adversário inconsciente. Uma pausa de cinco minutos é definida antes da continuação da contenda. Haja coração!


Abynk e Gásbek, os dois coordenadores da competição, aproveitam que a luta está demorando um bom tempo e roubam toda a verba do torneio. O plano funcionou: Wolverine conseguiu manter o czarniano — e o público — ocupados por tempo suficiente para a concretização do furto.

Enquanto a disputa ocorre na arena central do ginásio, eles colocam todos os 700.000 créditos em mochilas de estudantes, para que ninguém desconfie deles.

Estão muito apressados, pois perderam um tempo valioso na Terra enquanto procuravam um adversário para Lobo. Mas a busca não foi em vão: há até tempo suficiente para que eles preparem sua fuga.

Bem, amigos! Aqui é Rick Blaublau de volta, nas ondas do vácuo do espaço sideral, trazendo a continuação da animada luta entre o czarniano Lobo e o terráqueo Wolverine! Essa é, de longe, a melhor briga que tivemos hoje nesse torneio!

Os cinco minutos de intervalo foram suficientes para Wolverine recuperar uma pequena parte de suas forças e para que Lobo tivesse um novo braço quase totalmente reconstituído, graças à sua capacidade de regeneração.

Nesse momento, podemos ver que Wolverine está em desvantagem. Sua única chance contra Lobo é sua agilidade, contudo, depois dos últimos golpes, o terráqueo não se encontra na mesma forma física do início da luta.

Lobo só não está em perfeitas condições porque tomou vários litros de cerveja antes da contenda. Contudo, sua fisiologia o mantém atento a todas as artimanhas de seu adversário.

Soa o gongo para o reinício da luta. Querendo acabar logo com a batalha, Lobo parte velozmente para cima de Wolverine. O terráqueo, porém, mostra uma capacidade de recuperação fantástica, pois, mesmo depois de ter desmaiado há poucos minutos, consegue ter agilidade o suficiente para desviar de Lobo no último minuto, por baixo de suas pernas.

O terráqueo tenta usar novamente o golpe que deu vantagem a ele no primeiro round: agarra Lobo pelas costas e expande suas garras no peito do czarniano. Só que dessa vez Lobo está preparado, pois começa a girar seu corpo com grande velocidade e cai de costas no chão, deixando seu adversário tonto e muito machucado.

Wolverine consegue girar seu corpo para escapar de um soco certeiro em sua face, mas não consegue ser rápido o suficiente para desviar de um segundo soco, que atinge em cheio sua nuca. Lobo agarra o terráqueo pela jugular, erguendo-o e lançando-o ao chão repetidas vezes.

Com sangue jorrando pelo nariz, Wolverine tenta um gesto desesperado, cortando com suas garras uma parte de seu próprio pescoço, exatamente na área em que Lobo o segura. Apesar de manchar o chão com muito sangue, Wolverine não aparenta que vai morrer. Pelo contrário, ele se levanta rapidamente e segura o buraco pelo qual o sangue jorra na expectativa da ação da sua capacidade de cura.

Lobo já está completamente irritado. Sem raciocinar direito, ele salta sobre Wolverine e tenta atingir o pescoço quase dilacerado, na expectativa de aproveitar a auto-mutilação para acabar de vez com a vida do terráqueo.

Porém, o czarniano não conta com um plano desesperado de Wolverine, que se lança ao chão, posicionando suas garras na direção do adversário que salta sobre ele. Sem tempo de desviar, Lobo cai exatamente sobre as garras de Wolverine, atingindo o coração e o pulmão.

Sem dar tempo do czarniano pensar em alguma estratégia, Wolverine rasga o peito de Lobo até seu pulmão estar totalmente dilacerado. Provavelmente, a esperança do terráqueo é que Lobo fique tonto pela falta de ar, enquanto seu pulmão se refaz do golpe.

Apesar de Lobo estar mais do que acostumado a ficar sem ar, já que é capaz de viajar sem proteção pelo vácuo, ele fica um pouco tonto após Wolverine acertar alguns chutes em seu estômago. Esse golpe tira a concentração de Lobo e permite que Wolverine o jogue ao chão e comece a cortar sua resistente pele antes que ele se recupere.

Lobo começa a sangrar pelos diversos cortes em todo o seu corpo. O pescoço de Wolverine já está quase recomposto quando Lobo, com a incrível força de vontade que possui, consegue erguer seu braço e agarrar a cintura de Wolverine.

Os dois valentões estão agora rolando no chão. Wolverine não pára de golpear Lobo, pois sabe que sua única chance de vencer a luta é imobilizar seu oponente. Lobo, contudo, não é apenas um czarniano extremamente forte; ele é praticamente uma força da natureza.

Após tantas investidas de Wolverine, Lobo consegue se adaptar aos profundos cortes em seu corpo e acerta com seus joelhos feridos a perna do terráqueo. Wolverine agüenta a dor o mais que pode, porém Lobo consegue recuperar parte de seu braço esquerdo, que havia sido arrancado há pouco, e utiliza suas unhas para arranhar as costas do adversário.

Wolverine ainda está em vantagem, mas Lobo consegue alguns segundos de distração do terráqueo, que são suficientes para que ele crave seus dentes na jugular do baixinho, exatamente no lugar que havia acabado de se regenerar.

O ringue é um mar de sangue. Só vendo com meus próprios olhos posso acreditar que isso tudo saiu do corpo de apenas dois lutadores que ainda estão vivos. Nesse momento, os dois adversários estão agarrados no chão. Wolverine ainda tenta golpear Lobo usando suas garras, mas o czarniano não pára de mordê-lo, arrancando vários pedaços de seu corpo.

Agora o que resta é a força de vontade de cada um dos dois lutadores. Lobo está muito ferido e com várias partes de seu corpo literalmente arrancadas. Wolverine tem mordidas por toda a pele e sangra tanto que talvez nem sua capacidade de cura seja capaz de salvá-lo. Os dois estão tontos após mais de um hora de uma luta repleta de esforço.

Numa última tentativa de concluir essa batalha épica de uma vez por todas, Wolverine junta todas suas forças para penetrar com suas garras na ferida que já tinha feita no peito do czarniano e arranca o coração de Lobo, que cai. Após conseguir seu intento, o terráqueo sorri e cospe na cara de seu adversário! O vencedor é... Wolverrrrrrine!

Mas atenção, parece que a luta ainda não acabou! Lobo, mesmo sem um coração pulsando no peito, abre os olhos e puxa o braço do terráqueo. Como sabe que não pode quebrar os ossos resistentes de seu adversário, o czarniano gira com força o antebraço de Wolverine. Lobo consegue deslocar o braço do baixinho, que grita de dor. Logo em seguida, Lobo pega de volta seu coração, gargalha, e o enfia na boca de Wolverine.

Com um pouco de suas forças de volta, graças ao rápido momento que teve para se recuperar enquanto o terráqueo julgava tê-lo matado, Lobo acerta uma seqüência de socos no estômago de Wolverine, que está engasgado com o coração, sem conseguir respirar, e conclui a luta com um chute certeiro no rosto de seu adversário, conseguindo destroncar seu pescoço e colocá-lo a nocaute.

Wolverine vai ao chão, provavelmente morto. Lobo vence a luta!


Lobo exige que a premiação seja feita imediatamente, no ringue mesmo, pois a luta demorou mais do que imaginava e agora ele está atrasado para dar o jantar de seus golfinhos espaciais. Um dos juízes, não querendo contrariá-lo, corre para a sala da coordenação do evento para buscar o dinheiro.

Poucos minutos depois, ele volta com as mãos vazias, irritando Lobo profundamente:

Cadê a porra da grana???

— Er... o dinheiro não está lá...

Cadê a porra da grana???

— Os coordenadores Abynk e Gásbek também não estão lá... acho que eles roubaram o dinheiro...

Cadê a porra da grana???

— Já olhamos em todo o ginásio... e nem sinal deles...

— É bom essa grana aparecer logo! — diz Lobo — Se eu tivesse conhecido esses caras eu encontrava eles em dois segundos pelo cheiro! Mas eu quero a porra da minha grana! Agora!

— Eu... consigo... sentir o cheiro... deles... — fala um recém-desperto Wolverine.

— Tu não morreu não, ô mané?

— Meu fator... de cura... é bom mas... não é mágico... seu corno....

— Enquanto a grana não chega, acho que vou trucidar você de novo, que tal?

— Tu precisa da grana... — Wolverine começa a se levantar, recuperando-se aos poucos dos ferimentos mortais — Eu preciso voltar pra casa... só eu posso encontrar esses caras... que tal um acordo?

Lobo pensa, pensa, avalia suas hipóteses, e resolve concordar.

— Negócio fechado, anãozinho. A gente vai atrás desses dois pilantras, recupera minha grana e tu volta praquele planeta de viado.

— Falou, palhaço branquelo.

Fazendo um grande esforço para detectar o odor de Abynk e Gásbek, Wolverine consegue farejá-los. Seu faro não é tão poderoso quanto o de Lobo, mas ainda assim é muito melhor do que o de qualquer humano normal.

— Eu estou com medo, Abynk. — diz, muito assustado, Gásbek.

— Não se preocupe. Tomamos o cuidado de não estabelecer um contato direto com Lobo e, portanto, ele não tem como nos rastrear até aqui com seu faro.

— Mas você tem certeza de que é seguro ficar nesse porão escuro?

— Sem risco. Nós tínhamos pouco tempo e, se tentássemos pegar nossa nave, seríamos encontrados facilmente. Esse lugar aqui ninguém conhece; só eu sei como entrar. Eles vão olhar por todo o ginásio e, quando não nos encontrarem, concluirão que conseguimos fugir. Nós esperamos aqui por algumas horas e depois vamos embora.

— Será que vai dar certo?

— Se você calar a boca, com certeza vai!

Wolverine, já quase recuperado, leva Lobo até a sala da coordenação do torneio. Ele fareja todos os cantos da sala e percebe que o rastro segue pela parede. Lobo não tem paciência para procurar por uma "alavanca de passagens secretas" e resolve quebrar a parede com os punhos.

Atravessando os escombros da parede, os dois descem por uma pequena escada de madeira e encontram Abynk e Gásbek, completamente apavorados, num canto escuro.

— Minha grana! — diz Lobo — Agora!

— E eu quero voltar pra Terra! — afirma Wolverine — Agora!

— Calma... calma... a gente pode... resolver tudo.... — treme Gásbek — Agora...

— Eu vou é fugir! — comenta Abynk — Agora!

Wolverine pára na frente de Abynk e expande suas garras na direção do rosto do alienígena. Lobo segura Gásbek pelo pescoço e reforça a pergunta sobre onde está seu dinheiro. Gásbek aponta para as mochilas e Lobo o lança longe, satisfeito.

— Manda logo esse babaca de volta pra Terra. — comanda Lobo — Eu prometi que ajudava o imbecil se ele me ajudasse. E o maioral sempre cumpre a palavra.

— E depois? — pergunta Abynk.

— Depois nós vamos acertar umas contas. Hahaha!

— Espero nunca mais ver essa tua cara branquela! — despede-se Wolverine.

— Também espero nunca mais te ver, pintor de rodapé. Cuidado com os cuspes pra tu não morrer afogado, hahaha!

— O que cê vai fazer com esses dois filhos da mãe?

— Bom... eles já te ensinaram como pilotar essa nave de volta pra Terra. Então, acho que eles não têm mais utilidade por aqui... acho que vou fazer eles virarem peso de papel. Que tu acha?

— Faz o que tu quiser. Quero mais é que eles se danem.

— Aí, viadinho. Uma coisa eu tenho que admitir, até que eu me diverti com esse quebra-pau.

— É. Mas se durasse mais um pouco, eu te detonava de vez.

— Ha! Tu tava quase morto quando eu te derrotei! Ninguém tem chance contra o maioral!

— Se eu te vir você, tu vai ver quem é o maioral!

— Vai logo antes que eu mude de idéia e desista de te deixar ir embora vivo. Já te matei uma vez e vai ser mole matar duas.

— Tchau, então, boiola.

— Boiola é tu!

Wolverine parte na nave espacial que outrora pertencia a Abynk e Gásbek em direção à Terra. No vácuo do espaço, ele segue perdido em seus pensamentos:

— Pô, com essa nave, eu até podia dar uma volta e procurar a Jean aqui pelo espaço. Só que ela tá com aqueles piratas siderais... é pé-no-saco demais pra minha cabeça! Será que o Charli vai arranjar um espaço no hangar da mansão pra essa nave ou eu vou ter que me livrar dela? (**) Ah, que se dane. Acho que vou aterrissar é na garagem da moto do Ciclope. Pô! Taí uma idéia interessante!

De volta a seu asteróide, Lobo resolve tirar uma soneca depois de alimentar seus "peixinhos". Abynk e Gásbek foram amarrados no teto de seu barraco para servirem como sacos de areia quando Lobo quiser treinar uns soquinhos de vez em quando.

Quando se prepara para dormir, porém, Lobo percebe uma revista no bolso de Gásbek. É um gibi sobre lutas entre heróis famosos da Terra. Ele gargalha com algumas brigas, achando-as muito fracas, mas pára de repente quando vê a si mesmo representado numa página, perdendo de forma ridícula para Wolverine.

— Que porra é essa?! Tão querendo difamar o maioral?! Se alguém acreditar nisso aqui, minha fama vai pro brejo! Amanhã mesmo vou dar um pulo na Terra e detonar os caras que escreveram esse lixo! Ninguém difama o maioral e fica impune! Deixa ver aqui os defuntos que escreveram essa bosta... ahá! Me aguardem, Ron Marz e Peter David!


Na próxima edição: O nascimento de Lobo: dos primeiros passos à primeira carnificina.


:: Notas do autor

(*) Para saber mais, só mesmo lendo o último capítulo. voltar ao texto

(**) Se essa nave não aparecer em nenhuma história futura dos X-Men, você já sabe que a culpa foi do professor Xavier. voltar ao texto



 
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